5 de abril de 2015

Correnteza

Estive por entre nossos olhos
Em um piscar que me custou
Uma vida inteira de certezas

Memórias que um dia compus
E me dobraram eternamente
Num mix de dor e delicadezas

E...

Estive por entre outros olhos
Aquele olhar de sereia minguante
Que sempre verei na correnteza

Sem memórias e lar a cantar
Por ter deixado o rio secar...
Maldita injustiça da natureza!

2 comentários:

  1. Linhas delineadas de pura sensibilidade e requinte... no rimar, na composição estética, nas palavras repletas de simbologia. É gostoso demais te ler!
    E sobre o poema, guardei para pensar nessa noite, o último verso de cada estrofe, foi o que me despertou maior atenção.
    A leitora aqui está muito feliz!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sabe que fico feliz pra caramba, por saber que tenho pessoas que gostam do que escrevo, né, Lane? Essas pessoas gostam de mim, também e, portanto. Pelo que escrevo e pelo que sou. Adoro seu cuidado em ler e sempre deixar um comentário. Valeu, mesmo!

      Excluir