7 de abril de 2015

Miragem

O deserto só é quente de dia
À noite, quando se agiganta
Nem mesmo o clarão do sol
Rei sobre os mais solitários
Lhe quer fazer companhia

As palmeiras se descansam
E fofocam silenciosamente

Sobre os forasteiros juvenis
Que se perdem em cada um
Dos desertos que se lançam
Aos oásis secretos à frente

Ou quem sabe já passados!

Que lambuja têm os corajosos
Ainda que em terra tão seca
Encontraram uma torrente!

Um comentário:

  1. Acho uma perda de tempo escrever apenas num blog. Tantas possibilidades de publicação impressa q ficam eternas. Q falta de gosto viu Lipe em não querer ter seu próprio livro.

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