O deserto só é quente de dia
À noite, quando se agiganta
Nem mesmo o clarão do sol
Rei sobre os mais solitários
Lhe quer fazer companhia
As palmeiras se descansam
E fofocam silenciosamente
Sobre os forasteiros juvenis
Que se perdem em cada um
Dos desertos que se lançam
Aos oásis secretos à frente
Ou quem sabe já passados!
Que lambuja têm os corajosos
Ainda que em terra tão seca
Encontraram uma torrente!