1 de julho de 2013

Minhas sinceras dez culpas

Nem sempre tive razão
Ao salvaguardar
As coisas do coração

E a minha culpa de abertura
É a de ter feito de nossos retratos
Um quadro sem moldura

Ter dado brilho às nossas louças
Mas aos nossos dias
Economizado as forças

A segunda culpa, meu bem
Foi a de termos dado espaço
Àquilo que não convém
E gastado energia à toa
Então ela é sua também

Depois disso ainda lembro
De 'Fulana' ou 'Sicrano'
Que do nosso lance
Pareciam mais um membro

E dos olhos de bisbilhotices
Dos olhos cegos voluntários
E dos meus ainda piores
Sempre cheios de crendices

Minhas desculpas
Das culpas que não são dezena
Mas que se eu fosse bobo
Já teriam me tirado de cena!

3 comentários:

  1. Oba!!!Continue escrevendo, você é bom!
    Faz rimas soltas e inteligentes
    diz muito, mas deixa subentendido
    se revela nas entrelinhas
    e isso é gostoso de ler.
    Deste tipo de poesia eu gosto mais...
    e lerei todas tá?
    Escreva mesmo que cansado,
    mesmo desaminado,
    se estiver apaixonado,
    se estiver angustiado...
    escreva o que está aí dentro do teu coração,
    o que vê, o que sente,
    o que respira ou transpira,
    você é bonito (estou falando de dentro)
    Ah, de fora também (rs)
    Mas o quero dizer é que escrever é um exercício,
    se houver inspiração, viva!
    Se não, escreva mesmo assim,
    beleza e sensibilidade
    para reunir palavras
    taí, ninguém tira de ti.
    Beijo. Lane

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  2. \o eu tinha certeza que era questão tempo e você voltaria amostrar o que mais admiro, seu lado poético. E que sem dúvida você é como Mário Quintana diz dos poetas, "nobre animal"... :*

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  3. Adorei a figura de linguagem! hahaha
    Ótimo texto, Filipe. Parabéns.

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