18 de dezembro de 2012

Quando for assim ou assado

Quando eu escrever das flores
É que juntei tudo de bom
Das nossas aventuras
Dos nossos cheiros
E de todos os nossos amores

E quando eu resolver falar do mar
É porque já tivemos marés altas
Umas outras baixas e de bom sol
Caminhadas e paisagens
Sem esquecer de sempre rir e perdoar

Quando eu escrever da incerteza
É que me apareceu uma vizinha
Ou uma figurante cheirosinha
Mas que não tem seu jeito de princesa

E quando eu fizer algum desenho
É que eu não tinha palavras pra bom uso
E os detalhes sinceros
Me deixaram confuso

Daí usei a imaginação que tenho
E fiz rabiscos coloridos
Traços retos e floridos
Pra você adorar meu empenho

Quando eu fizer uma música
Você foi mesmo muito musa
E todo acorde era pequeno
Pra gravar tal singeleza básica

Se eu pintar uns quadros
É que eu tava afim de arte
E você me deixou de parte
Pra fazer os seus cuidados

Disso tudo, se eu for na Lua
Vou deixar umas pegadas
Como as nossas na praia
E escrever no chão também
Que eu queria mesmo
Estar na sua rua
E no caminho de mais ninguém

Um comentário:

  1. Cada verso, é uma lindeza, não da pra lê rapidamente, é necessário o cuidado de vê a junção de cada palavra, e saborear!

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